O Tempo passou por mim, por nós todos. Um dia acordei e a manhã me contou isto. Não foi o espelho, não foi a paisagem da janela, não foi a constante dor nas costas que não me abandona mais. Foi a manhã mesmo, com uma tristeza antiga, apesar do céu completamente azul a abraçar um sol que faria a alegria de todos os seres.
Ele passou mesmo, impune e constantemente. E não me deixa mais levantar da cama rapidamente e nem passar horas de cócoras. Não satisfeito, transformou meu primeiro bebê numa mulher mais alta que eu e fez do meu pequeno menino um rapazinho tagarela que lê qualquer coisa sem dificuldade.
E agora o maldito não me deixa mais dormir sem que eu me pergunte o que será de mim sem meus pais por perto.
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